Com a idade média da frota girando em torno de 10 anos e nove meses e 46,9 milhões de veículos circulando no país, o Brasil é altamente dependente do mercado de reposição. São peças, componentes, acessórios necessários para aplicar em 16 marcas, que totalizam mais de 38 milhões de automóveis e comerciais leves em circulação.

Toda essa diversidade exige muito do mercado de reposição automotiva, que percorre um longo caminho e de alta complexidade, que leva em consideração desde o tipo da peça a ser fabricada até o material utilizado e as tecnologias a serem empregadas. Para que você conheça um pouco mais sobre esse mercado, desenvolvemos uma visão geral sobre o aftermarket, que pode ser complementada com o tour 360° pela nossa fábrica.

Projeto e Engenharia:

O desenvolvimento das peças automotivas começa com a concepção do projeto. A partir da análise de demanda do mercado, considerando-se entre outros aspectos a frota circulante e o tempo de garantia do fabricante, já começa o processo de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Com a peça original em fábrica, nossa equipe de Engenharia, constituída por engenheiros mecânicos, automotivos, projetistas e engenheiros de aplicação, inicia o processo de criação de desenhos e modelos em 3D, utilizando um software específico para desenhar e fabricar protótipos e produtos acabados, o CAD/CAM.

Neste momento, são considerados dois aspectos fundamentais: a fidelidade à peça original e um diferencial que temos muito orgulho de destacar, a percepção do aplicador. Desde nossa fundação, em 1996, temos como princípio desenvolver a peça original a partir do seu uso em campo. Isso possibilita a entrega de componentes muitas vezes melhores do que o original, uma vez que já analisamos a peça para desenvolvimento a partir da performance que ela tem no veículo, o que nos dá informações preciosas sobre o comportamento dos materiais, eventuais vícios de origem e outros problemas que possam aparecer.

Esse trabalho feito nas oficinas pela engenharia de aplicação conduz à chamada engenharia reversa, com a recriação da peça a partir da original, incorporando eventuais melhorias. Essa capacidade é o que nos faz ter mais de 1,6 mil peças em portfólio, para mais de 10 mil aplicações.

À área de P&D, também se agrega a área de Inovação, que anda par e par com a indústria automotiva, agregando novas tecnologias e novos processos produtivos, mais eficientes e sustentáveis. Existe, também, a preocupação com a durabilidade da peça e a atuação dela nos sistemas do veículo, de maneira que tudo funcione devidamente.

Seleção de Materiais:

As peças automotivas no geral são produzidas com materiais como aço, plástico, polímeros e elastômeros, entre outros. Para cada finalidade há um material ou uma composição de materiais ideal, capaz de garantir performance, funcionalidade, conforto, segurança.

Nesse quesito, a utilização de matérias-primas de fornecedores homologados e qualificados para fornecer para o setor automotivo é fundamental. Afinal, as propriedades mecânicas e térmicas são condição para garantir o desempenho e a segurança esperadas.

Processos de Fabricação:

Os processos de fabricação de peças para o aftermarket são os mais variados: usinagem, fundição, estamparia, injeção de plástico, forjamento, conformação estão entre os mais utilizados. Tudo vai depender do tipo de peça, do material a ser utilizado e da complexidade do projeto. Aqui, por exemplo, recebemos as barras de aço e elas vão sendo transformadas por diferentes processos que começam na conformação a frio até virarem barras axiais, terminais de direção, pivôs de suspensão e tantas outras peças que fabricamos.

Em outras fábricas, é possível que as peças metálicas sejam usinadas a partir de blocos de metal sólido; outras sejam fundidas em aço ou ferro; enquanto as peças plásticas, que compõem painéis, portas e até partes do motor são produzidas a partir de moldes de injeção.

Acabamento e Montagem:

O acabamento e montagem dependem exclusivamente da complexidade da peça. Por vezes é possível que as peças requeiram múltiplos componentes para serem finalizadas.

No acabamento, garante-se a estética da peça, com processos de polimento, pintura, tratamento de superfícies, entre outros que venham a ser requeridos.

No geral, as peças vão sendo fabricadas em paralelo, conforme as ordens de produção, e se unem ao final, para a montagem. Os processos podem incluir soldagem, colagem, encaixes mecânicos.

Testes de Qualidade:

Cada peça, quando é projetada, ganha uma ficha técnica, onde são identificados todos os aspectos que devem ser respeitados: volumetria, dimensões, materiais, projeto e especificidades são rigorosamente descritas para que a autopeça seja fiel ao projetado. A consistência desses dados é o que permite a produção em série, atendendo às necessidades de motoristas e mecânicos.

Para checar se cada item está correspondendo, as peças passam por diferentes testes de qualidade, a fim de verificar se estão no padrão exigido. Os testes variam conforme o nível de segurança, a aplicação no veículo e os materiais utilizados como matéria-prima. Entre outras avaliações mais específicas, no geral se verificam resistência, compatibilidade com outros componentes, durabilidade, segurança e desempenho em geral.

São esses testes que ajudam a identificar possíveis falhas, que são corrigidas antes de o componente ser liberado para ir a campo.

Por aqui, também validamos muitas peças nas pistas de automobilismo, em campeonatos como Stock Car e Endurance, onde elas são submetidas a um alto nível de estresse e performance. Essa análise, realizada com mecânicos e pilotos das equipes, possibilita que estejamos constantemente aprimorando nosso modelo de fabricação.

Embalagem e Distribuição:

Um fator muito importante depois da Montagem é a Embalagem. A peça chega para ser embalada quando está aprovada pelo setor de Qualidade. Na caixinha Viemar, vão a peça e os eventuais acessórios que a acompanham, como parafusos, guarda-pó, abraçadeiras, entre outros. Também neste momento é inserido o Certificado de Garantia de 70 mil quilômetros ou dois anos, que acompanha cada peça Viemar, e outras informações que se fizerem necessárias, como Alerta ou Instrução de Aplicação.

A partir desse momento, as peças estão prontas para seguirem o fluxo do mercado de reposição automotiva, que começa com o distribuidor e segue pelas lojas de autopeças até chegar à oficina mecânica.

Todo esse processo exige uma alta competitividade entre as empresas, que se superam para oferecer qualidade, agilidade e um pós-venda eficiente. São esses atributos que dão tranquilidade para a cadeia automotiva, que conta com o mercado de reposição para que não haja rupturas no fornecimento e os veículos se mantenham seguros e em circulação.

Se você gostou de conhecer mais sobre a reposição automotiva e quer saber mais sobre a produção das nossas peças, clique aqui e visite nossa fábrica no tour virtual 360°.