Barulhos, folgas, ruídos, dificuldade para virar o volante são indicativos de problemas na caixa de direção. Mas será que esses sinais bastam para indicar a troca do componente? Neste artigo, conversamos com nossa equipe técnica para que você saiba a verdadeira hora de substituir a caixa de direção. Confira!

 

Para começar, é preciso lembrar que a caixa de direção é um dos sistemas mais complexos de qualquer veículo, sendo responsável por traduzir os movimentos do volante em direções específicas das rodas. Seja nas curvas ou em linha reta, a caixa de direção age como se fosse um verdadeiro espelho da manobra do condutor, levando o veículo para onde ele deseja de forma precisa e segura.

 

Diagnóstico preciso

 

Para saber se está na hora da troca, o mecânico deve estar atento à realização de um bom diagnóstico, feito com precisão. Em primeiro lugar, não basta confiar nos sintomas, especialmente nos ruídos. Tanto os barulhos como as folgas excessivas ou direção dura podem ser indicativos de outros problemas, que nem sempre estão ligados à troca da caixa de direção.

 

Como a direção opera em conjunto com a suspensão, é fundamental que também estes componentes sejam avaliados – problemas em pivôs, amortecedores, coxins, rolamentos, além de pneus gastos ou mal alinhados, também apresentam sintomas semelhantes.

 

A dificuldade de a direção voltar à posição normal, por exemplo, pode ser provocada pelo mau alinhamento ou mesmo por pneus mais largos do que os recomendados pelo fabricante do veículo. Lembre-se, também, de checar a cruzeta e o rolamento da coluna, que também causam ruídos.

 

Como você vê, vale investir no diagnóstico, com uma avaliação minuciosa para evitar substituições e investimentos desnecessários. Em constatando os sintomas acima, cabe identificar agravantes como o tipo de solo onde o veículo circula (com ou sem calçamento), eventual colisão e alta quilometragem.

 

Peça correta

 

Para determinar a substituição, verifique sempre se a nova caixa é compatível com o modelo, ano e especificações do veículo. No nosso catálogo, você encontra todas essas informações, facilitando a escolha correta e evitando problemas por aplicação incompatível. É preciso lembrar que há diferenças nos sistemas de direção e a aplicação incorreta pode gerar sérios problemas.

 

Checagem de componentes

 

Além da caixa de direção, o aplicador deve checar os demais componentes vinculados, tanto da direção como da suspensão, como articulações axiais, terminais de direção, mangueiras, conexões, pivôs, amortecedores, buchas e coxins.

 

Na hora da instalação

 

A hora da instalação da nova caixa de direção requer cuidados específicos.

 

Em primeiro lugar, é preciso centralizar a caixa de direção antes da instalação no veículo. Com a caixa em uma bancada, movimente a cremalheira de um extremo ao outro. Desta forma, você saberá o número de voltas do pinhão. O cálculo é o seguinte para fazer a centralização: se de um extremo ao outro foram seis voltas, deve-se retornar três, a fim de alcançar o centro.

 

Também é importante saber que para realizar a fixação das articulações axiais, é necessário o uso de trava química na rosca do copo e a cremalheira deve ser imobilizada, evitado o movimento de torção da cremalheira contra os dentes do pinhão. Este movimento pode causar danos ao pinhão, reduzindo a vida útil da caixa de direção.

 

Aí, pode-se ir para o veículo.

 

Encaixe a caixa de direção e confira o posicionamento da borracha de vedação, que fica posicionada no painel corta-fogo e no pinhão da caixa de direção.

 

Fique atento também para a posição do encaixe das estrias do pinhão com a coluna de direção.

 

Instale os guarda-pós com o auxílio das abraçadeiras metálicas, de forma a evitar qualquer entrada de pó ou agente contaminante na caixa.

 

Na sequência, instale os terminais de direção, conferindo o alinhamento da cremalheira e cuidando para não descentralizar o mecanismo.

 

Este é o momento para que você avalie e se necessário substitua todos os itens de uso único que estavam no veículo por novos – porcas autotravantes, arruelas de vedação, o-rings, bem como os parafusos que apresentarem quaisquer problemas.

 

Certifique-se de que tudo está no lugar e com os devidos torques de aperto.

 

Faça o alinhamento da direção, para garantir a estabilidade e direção correta. Verifique também se os pneus estão com a calibragem adequada.

 

No teste de rodagem, é importante checar se a direção está voltando ao normal com tranquilidade, após os movimentos de esterço.

 

Atenção especial

 

Nos sistemas de direção assistida hidraulicamente, utilize sempre o óleo correto, providenciando a substituição nos períodos indicados pelo fabricante. Lembre-se que em alguns modelos, o depósito do óleo hidráulico também é o filtro do sistema e necessita de manutenção ou troca.

 

Nos sistemas de direção elétrica, após a troca de direção proceda o escaneamento do veículo, de modo a identificar qualquer necessidade de regulagem (sensor de giro ou sensor de ângulo de direção). Importante lembrar de excluir a memória, para evitar falhas.

 

Pós-venda

 

O seu cliente vai sair da oficina com uma caixa de direção nova, o que certamente pode causar alguma estranheza com relação ao componente anterior. Explique todo o serviço que foi realizado, informando que é natural que sinta o volante mais pesado nos primeiros quilômetros rodados. Após alguns dias, ligue ou mande uma mensagem para saber como o veículo está se portando.

 

Lembre-se!

 

Se houver qualquer dificuldade na substituição da caixa de direção, contate nossa equipe do Serviço de Atendimento ao Cliente, pelo 0800 608 0188. Estamos aqui para auxiliar e sanar todas as suas dúvidas.