Sinônimo de confiança e conhecimento, o mecânico automotivo é o tipo de profissional cada vez mais requisitado, em especial em um país como o nosso, que possui uma das maiores frotas de veículos do mundo, ocupando o sexto lugar no mercado global. Neste dia 20 de dezembro, em que comemoramos o Dia do Mecânico, fomos a campo buscar algumas constatações que tornam a profissão tão especial e aproveitamos para apontar os desafios que já se impõem à profissão.

Por vezes tendo o trabalho subestimado, o mecânico automotivo é o tipo de profissional que valorizamos quando aparece a dificuldade. Afinal, como bons brasileiros que ainda engatinham na escolha da manutenção preventiva, o mecânico é sempre procurado nas horas mais necessárias. Por isso, oferecer um serviço de alta confiabilidade sempre foi o que manteve os bons profissionais no mercado. O cliente, mais do que tudo, quer a garantia da execução bem feita, sinônimo de segurança e tranquilidade.

Conhecimento adquirido, técnica e cuidado no atendimento ao cliente, no entanto, ainda que indispensáveis, já não são suficientes para um mercado que se atualiza constantemente e oferece ao consumidor novidades a cada estação. A tecnologia veicular, que já tinha firmado os pés nos anos 2000, com carros altamente sensíveis eletronicamente, agora ganhou outros adendos, com os motores elétricos, que trazem preocupações diferentes na hora da manutenção, sistemas de assistência avançada ao motorista e, claro, a inteligência artificial.

Desafios Tecnológicos

A eletrificação e a conectividade talvez sejam os dois grandes desafios que estão surgindo no dia a dia dos mecânicos automotivos. A própria palavra mecânico já nos remonta ao início da atividade, quando o profissional precisava lidar com as leis do movimento e do equilíbrio. Agora, a essas duas surgem outras: a eletricidade e a internet, com alta tecnologia embarcada. Além de dificultar diagnósticos, que necessitam cada vez mais de equipamentos específicos, os sistemas elétricos e softwares tornaram-se essencial nos veículos modernos. Dos motores e transmissões, agora os mecânicos precisam entender de algoritmos e interfaces digitais, interpretando códigos de erro, entendendo de diferentes sistemas e dos mais variados protocolos de comunicação dos veículos.

Atualização e capacitação constantes

Aquele estilo de mecânico que sabe tudo de automóveis, adquiriu conhecimento e está parado na oficina, esperando os veículos chegarem, está com os dias contados. Com toda a tecnologia e conectividade que destacamos acima, o profissional, mais do que nunca, precisa estar ligado nas novidades da indústria automotiva.

Além da mecânica básica, aquela que todos devem saber de cor, é preciso estar constantemente em busca de cursos especializados nas mais recentes tecnologias veiculares. Nesse sentido, a parceria com fabricantes de componentes automotivos e a busca por informações confiáveis e cursos atualizados é fundamental para poder prestar um bom serviço.

Resiliência e inovação

Nós já falamos muito por aqui, mas esse tema está sempre em voga, seja na profissão de mecânico ou em qualquer outra. O profissional que mira o futuro e quer ser referência no mercado não pode deixar de acompanhar as mudanças do mundo. De nada adianta nadar contra a corrente, sob pena de ser ultrapassado.

Assim, é importante buscar conhecer e investir no que há de mais moderno no segmento. As oficinas, antes espaços de estética duvidosa, hoje estão migrando para verdadeiras lojas de arquitetura moderna, em que o digital possui um grande valor. Salas de espera confortáveis e conectadas à internet, equipamentos apurados de diagnóstico, com softwares avançados, profissionais gentis e capacitados em todas as áreas já dão a tônica do mercado.

Aqueles especialistas que têm abraçado esse novo modelo de negócios estão se destacando no mercado. Então, acompanhe!

Relação Homem e Tecnologia

Falamos bastante na questão tecnológica, porque ela se impõe. Mas nada, absolutamente nada, substitui o toque humano. A experiência, a intuição e o conhecimento adquirido por cada profissional fazem a completa diferença na hora do atendimento ao cliente.

Por mais que estejamos cada vez mais tecnológicos e que a inteligência artificial esteja mudando muito do nosso dia a dia, o olho no olho, a explicação detalhada do diagnóstico e do quanto o cliente vai precisar investir, assim como o cumprimento de prazos e a entrega do carro bem cuidado sempre serão diferenciais importantes na fidelização.

Invista na comunicação transparente e objetiva, buscando falar a linguagem do proprietário do veículo de modo que ele entenda o problema ou a manutenção preventiva proposta. Além de ser uma oportunidade de educar o cliente, inclusive sobre a importância de atentar para certos cuidados no veículo, é uma forma de criar um maior vínculo, estabelecendo confiança e respeito.

Também vale cuidar da personalização. Cada cliente apresenta suas necessidades, seja de horário de atendimento, de urgência, de comodidades para uma eventual espera. Estar disposto a ouvir e entender a melhor forma de servir faz com que ele se sinta ainda mais especial.

Outra questão por vezes deixada de lado é o pós-venda. Manter o contato como cliente após a realização do serviço é uma das formas mais interessantes de se fazer presente de uma forma elegante e bem-vista. Custa nada perguntar se o atendimento foi bem realizado, se o veículo ficou como o esperado, se o problema foi resolvido.

Essa interação significa muito. Mais do que uma pesquisa, demonstra uma real preocupação com o serviço realizado e com a percepção de satisfação do consumidor, possibilitando melhorias constantes nos processos da oficina.

Como se vê, nossos mecânicos e mecânicas, tão fundamentais para o mercado de reposição automotiva, precisam ser especialistas em várias áreas, unindo habilidades técnicas, comportamentais e sociais.

A eles e elas, fica nossa homenagem neste dia em que lembramos a importância dos profissionais da reparação automotiva.