O sistema de freios de qualquer veículo é altamente complexo, sendo composto por gerenciadores, sensores, disco, pastilha, pistão, fluido, pinças, tambores, cilindros e flexíveis de freio. Nesta matéria, vamos abordar a relevância das pinças de freios e quando o mecânico deve optar pela substituição do componente ou pelo reparo do pistão e/ou da vedação da pinça.

Para começar, é fundamental saber que as pinças são as responsáveis por acondicionar as pastilhas. Quando o motorista aciona o freio, o sistema hidráulico (através do fluído de freio) realiza o deslocamento do pistão, que pressiona a pastilha, causando atrito no disco e fazendo com que o carro pare. Justamente por esse trabalho, o componente é um dos mais exigidos no veículo e certamente deve estar no radar do mecânico.

Menos conhecida do que os outros itens do conjunto de freios, a pinça sempre alerta quando precisa de atenção. Alguns indicativos de que as pinças estão com problemas são: pastilha que gasta mais de um lado do que de outro, pistão que atravessa no deslocamento e não funciona corretamente e vazamento de fluido de freio. Também o barulho sugere que há algo errado.

Ainda que seja muito mais econômico e sustentável optar pelo conserto, há casos em que a pinça precisa ser totalmente substituída, sendo os mais comuns quando a peça quebrou ou quando está com corrosão excessiva na câmara de fluido. Em fazendo essa constatação, cabe ao profissional substituir todo o conjunto.

Porém, se o mecânico não constata quebra ou corrosão demasiada, e acredita que possa reparar a pinça, é fundamental optar por reparo de alta qualidade, que efetivamente cumpra sua função. Nesse sentido, além de obedecer às especificações dimensionais, os materiais utilizados na composição das peças são fundamentais.

Um dos itens que compõem o reparo do pistão e vedação da pinça é o anel interno de vedação do pistão. É importante destacar que quando o motorista retira o pé do freio, o pistão obrigatoriamente tem que recuar, parando a frenagem. Esse anel interno de vedação, portanto, precisa ser de um elastômero de alta confiança, de modo a garantir a execução da tarefa com perfeição.

Outro ponto relevante é com relação ao guarda-pó que protege a superfície do pistão, que necessariamente deve ser resistente a ponto de barrar todos os agentes externos contaminantes, como pó, lama, água etc. Nesse quesito, aqui na Viemar contamos com uma área específica de polímeros. Com a fabricação própria, desenvolvida a partir de uma liga especial de elastômeros, conseguimos desenvolver melhorias e soluções que garantem um alto desempenho, com guarda-pós/coifas e anéis que suportam tanto as altas temperaturas como as variações climáticas.

Também os pinos não podem comprometer o conserto das pinças. Como algumas pinças possuem um mecanismo deslizante, o natural é que elas operem com certa folga, justamente para possibilitar esse deslizar. Portanto, é necessário cuidado ao reparar os pinos no ajuste, pois o calor excessivo, por exemplo, dilata os materiais, fazendo com que a folga inexista, provocando resistência no deslizamento e, por consequência, um trabalho ineficiente.

Seja no reparo com pistão ou no reparo sem pistão, todos itens que compõem os kits devem primar pela segurança, de modo que o aplicador possa executar a troca dos reparos de forma confiável e segura. Outro item que vale destacar é a qualidade e a quantidade da graxa, desenvolvida exclusivamente para esses materiais.

Atenção redobrada ao motor turbo

Carro que caiu no gosto do brasileiro, os de motor turbo requerem ainda mais atenção com relação às pinças de freio. Inovação da engenharia automotiva que aproveita a energia contida nos gases de escape, os motores turbo aumentam a potência sem aumentar o tamanho do motor. A performance mais elevada, no entanto, traz consigo um cacoete dos motoristas, que é acelerar o veículo ao mesmo tempo em que fica segurando no freio.

Esse hábito, muitas vezes nem percebido, faz com que os veículos com motor turbo demandem uma verificação mais frequente do sistema de freios. Com isso, consegue-se obter uma maior segurança, desgaste menos agressivo das peças e estabilidade nas frenagens abruptas.

Sangria do sistema

Cabe lembrar, ainda, que os veículos mais atuais, com freios ABS, por vezes requerem o uso de scanners para realizar a purga do sistema. Também chamada de sangria, a purga deve ser feita sempre que houver a substituição do fluido de freio. O processo retira o ar confinado no interior do sistema, o que é essencial para a conservação dos componentes de frenagem.

Também vale ressaltar que um dos componentes importantes do sistema de freios é o nosso famoso freio de mão, chamado de freio de estacionamento, que precisa estar bem regulado para não ficar frouxo ou apertado.

Somado a todo esse cenário, o veículo necessita ainda de um jogo de pneus em condições de utilização.

Com todas essas informações, já deu para ver que o sistema de freios vai muito além das pastilhas e discos, merecendo uma atenção especial.

No nosso catálogo eletrônico, você encontra todas as aplicações de pinças de freios disponíveis para vans e picapes, em especial para Renault Master, Ford F-250, Toyota Hilux e Mitsubishi L200Triton. Já os reparos, estão disponíveis para os veículos Mitsubishi L200 Triton, Toyota Hilux, Ford F-250 e Chevrolet D-20, entre outros. Para 2024, a expectativa é de ampliar a linha, incluindo veículos da linha leve.